Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 4 de 4
Filtrar
Mais filtros










Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Rev. bras. educ. méd ; 43(4): 15-25, Out.-Dec. 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1042104

RESUMO

RESUMO A assistência à saúde torna-se cada vez mais complexa, e as novas demandas exigem que as pessoas readaptem seus processos de trabalho para a construção de uma equipe multiprofissional que assegure integralidade, qualidade e efetividade do cuidado aos usuários do sistema de saúde. A Association of American Medical Colleges recomendou que os currículos médicos buscassem estratégias para o desenvolvimento de colaboração, responsabilidade compartilhada e equipes de alto desempenho, caracterizadas pelas habilidades de liderança, tomada de decisões, comunicação, resolução de conflitos, autoconhecimento, cooperação, corresponsabilidade e compromisso. Em consonância com essa orientação, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os Cursos de Graduação em Medicina afirmam que o estudante deve ser capaz de assumir liderança nas relações interpessoais, com comprometimento, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e desempenho de ações efetivas, mediada pela interação, participação e diálogo, objetivando o bem-estar da comunidade. Uma estratégia para a produção de equipes e o desenvolvimento de competências do trabalho em equipe é o Myers-Briggs Type Indicator (MBTI), amplamente utilizado nos setores de recursos humanos, de gerenciamento e administração na construção de equipes, com o propósito de autoconhecimento e autodesenvolvimento, desenvolvimento organizacional, treinamento gerencial e desenvolvimento curricular acadêmico e profissional. Assim, o MBTI foi incorporado ao planejamento e à execução de um componente curricular de Saúde Coletiva, no sétimo semestre de um curso de Medicina de uma universidade federal brasileira, como estratégia para a divisão das equipes de trabalho durante o período. Dessa forma, o objetivo deste artigo é relatar a experiência vivenciada e realizar análises quantitativa e qualitativa dessa experiência por meio de respostas discentes obtidas em questionários. Após a realização do MBTI pelos estudantes, para a formação das equipes foi aplicado o agrupamento por temperamento, que consiste em reunir os 16 tipos psicológicos em quatro temperamentos: SJ (guardiães), SP (artesãos), NF (idealistas) e NT (racionais). As equipes de trabalho foram formadas de modo que cada uma fosse composta por pelo menos um representante de cada temperamento. A análise quantitativa demonstrou que a intervenção foi estatisticamente significativa. A análise qualitativa das respostas às questões abertas foi obtida inicialmente pela categorização das informações, seguida pelo agrupamento em categorias amplas, por meio da análise de conteúdo. As categorias "formação de equipes satisfatória", "oportunidade de autoconhecimento e conhecimento dos pares pelo MBTI" e "discordância da divisão segundo MBTI" elucidaram a percepção discente sobre as potencialidades e desafios do uso do MBTI na formação de equipes na educação médica. Com essa experiência, percebemos que somar habilidades individuais é possível e importante não apenas para a construção de produtos finais de qualidade, mas para que o processo de trabalho seja valorizado e permita autoconhecimento e o desenvolvimento de habilidades de relação interpessoal. Fica evidente a importância de que, enquanto estudantes e professores, profissionais de saúde e pessoas, nós nos permitamos ser afetados pelo potencial transformador do processo educacional para que, então, sejamos capazes de agir também como agentes promotores da mudança.


ABSTRACT Health care has become increasingly complex and new needs demand that people readjust their work processes towards the construction of multi-professional teams that assure users comprehensive, effective, high quality care. The Association of American Medical Colleges has recommended that medical curricula seek strategies for collaborative development, shared responsibility, and high-performance teams characterized by leadership, decision-making, communication, conflict resolution, self-knowledge, cooperativity, co-responsibility, and commitment. Accordingly, the National Curriculum Guidelines for Medical Undergraduate Courses states that the student must be able to take leadership in interpersonal relationships with commitment, responsibility, empathy, ability to make decisions, communication and perform effective actions, mediated by interaction, participation and dialogue, aiming at the community's well-being. One strategy to produce teams and develop teamwork skills is the Myers-Briggs Type Indicator (MBTI), widely used in the human resources, management and administration sectors in team building, with the purpose of self-knowledge and self-development, organizational development, managerial training, and academic and professional curriculum development. Thus, the MBTI was incorporated into the planning and execution of a Public Health discipline, in the seventh semester of a Medicine course of a Brazilian Federal University, as a strategy for the division of working teams during the academic period. The objective of the present article, therefore, is to report the experience and to perform a quantitative and qualitative analysis based on student answers obtained in questionnaires. Following application of the MBTI test, teams were formed according to the students' temperament, with the sixteen psychological types divided into four large groups of temperaments: SJ (guardians), SP (craftsmen), NF (idealists), NT (rational). The teams were created so that they each had at least one representative of each temperament. The quantitative analysis shows that the intervention was statistically significant. Qualitative analysis of the answers to the open-ended questions was obtained initially by categorization of the information, followed by grouping into broad categories, through content analysis. The categories "satisfactory team formation", "opportunity for self-knowledge and peer knowledge by the MBTI", and "disagreement with the MBTI division" elucidated the students' perceptions about the potentialities and challenges of using the MBTI for team division in medical training. The experience taught us that adding individual skills is possible and important, not only for the construction of quality end products, but for the work process to be valued, allowing self-knowledge and the development of interpersonal skills. It is evident that we, as students and teachers, health professionals and people, should allow ourselves to be affected by the transformative potential of the educational process in order to enable us to act as agents that promote change.

2.
Cad. Ibero Am. Direito Sanit. (Impr.) ; 8(2): 82-99, abr.-jun.2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1016299

RESUMO

Objective: to analyze the judicialization of the fundamental and collective right to health, with a focus on the causes and problems caused by excessive judicial demands. Method: brief bibliographical review and method of deductive analysis, based on the interaction between the phenomena of judicialization and the conception of health as a fundamental and collective right. Results: this study observed an obstruction of collective access to health for the execution of individual lawsuits. Conclusion: the judicialization of health generates numerous problems to the Public Authority and harms the equality and equal access to the right in question. (AU).


Objetivo: analizar la judicialización del derecho fundamental y colectivo a la salud, con un enfoque en las causas y problemas causados por excesivas demandas judiciales. Método: breve revisión bibliográfica y método de análisis deductivo, basado en la interacción entre los fenómenos de la judicialización y la concepción de la salud como un derecho fundamental y colectivo. Resultados: se observó una obstrucción del acceso colectivo a la salud para la ejecución de demandas individuales. Conclusión: la judicialización de la salud genera numerosos problemas al Poder Público y perjudica la igualdad y el acceso igualitario al derecho en cuestión. (AU).


Objetivo: analisar a judicialização frente ao direito fundamental e coletivo à saúde, com enfoque nas causas e problemas acarretados pelo excesso de demandas judiciais. Método: breve revisão bibliográfica e método de análise dedutivo, a partir da interação entre o fenômeno da judicialização e a concepção de saúde como direito fundamental e coletivo. Resultados: foram observadas a obstrução do acesso coletivo à saúde em prol da concretização de ações judiciais individuais. Conclusão: a judicialização da saúde gera inúmeros problemas ao Poder Público e prejudica a isonomia e acesso igualitário ao direito em questão. (AU).


Assuntos
Judicialização da Saúde , Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde , Direitos do Paciente , Decisões Judiciais
3.
Rev. bras. educ. méd ; 43(1,supl.1): 662-671, 2019. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1057610

RESUMO

RESUMO Diante da necessidade de integrar o debate de gênero e sexualidade à formação médica, uma unidade curricular de Saúde Coletiva de um curso de Medicina público federal propôs a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos (ABPj) para essa formação. Nessa proposta pedagógica, os estudantes constroem um produto final como recurso para intervenção/aprimoramento da realidade. Dessa forma, a metodologia da Problematização, com o Arco de Maguerez, forneceu o subsídio à concretização desses produtos. Cada um desses projetos utilizou uma das políticas públicas relacionadas ao debate em torno do gênero e da sexualidade. Neste artigo, relata-se o projeto relacionado à Política Pública de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Na apresentação desse produto foi utilizada a metodologia do role-play, com três cenas, para intervenção/aprimoramento da realidade observada/vivida. Essa experiência também conquistou a premiação de melhor trabalho apresentado naquele ano no Congresso Brasileiro de Educação Médica, construindo nessa escola médica um espaço formal para o desenvolvimento de competências no tocante aos determinantes sociais de gênero e sexualidade, para uma prática médica integral e equânime. Este relato de experiência destaca ainda a relevância do uso de metodologias ativas, como a ABPj e role-play, na educação médica.


ABSTRACT Faced with the need to integrate the gender and sexuality debate into medical training, a Public Health curricular unit from a Federal Public Medicine course proposed the Project Based Learning (PjBL) methodology as a resource for the implementation of this debate. In this pedagogical proposal, the students construct a final product as a resource for intervention/improvement of reality. Thus, the methodology of Problematization, with the Arch of Maguerez, supported the consolidation of these products. Each of these projects was based on one of the public policies that are related to the debate of gender and sexuality. In this article, we report the project related to the public policy of Comprehensive Health Care for Adolescents and Young People in Health Promotion, Protection and Recovery. The presentation of this product was made using the methodology of role-play, with three scenarios, for intervention/improvement in the observed/lived reality. This experience also won the award for best work presented that year at the Brazilian Congress of Medical Education, building a formal space for the development of gender and sexuality determined competencies in the Medical School, to ensure comprehensive and equal medical practice. Moreover, this report highlights the relevance of the use of active methodologies, such as PjBL and role-play, in medical education.

4.
Rev. bras. educ. méd ; 42(2): 73-78, Apr.-June 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-958587

RESUMO

RESUMO Em 1988, a Constituição Federal do Brasil deu as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a saúde como direito. Em 2013, a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS) amplia as conquistas nessa área ao reafirmar os princípios desse Sistema: universalidade, integralidade, equidade e participação social, esta essencial para o debate de Educação Popular em Saúde. Nesse contexto, o papel da universidade, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação em Medicina de 2014, de atuar sobre as necessidades da população, promovendo saúde e transformando a realidade da sociedade, é fundamental na formação dos estudantes, bem como no seu vínculo com a comunidade. O grupo de execução deste trabalho levantou a proposta de refletir sobre a realidade do SUS na perspectiva de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das escolas municipais de Uberlândia (MG), dialogando com seus saberes a fim de empoderar a população por meio da construção compartilhada de conhecimento. Nas vivências, identificamos o desconhecimento da população sobre seus direitos e o próprio SUS, e, assim, priorizamos o debate e o diálogo utilizando a amorosidade, princípio da PNEPS, para conseguirmos trabalhar os princípios desse Sistema de Saúde, bem como os direitos da população relativos à saúde. Notamos que a nossa formação ainda é centrada no médico, visto que houve uma dificuldade inicial de estabelecer o contato de forma confortável com ambas as partes. Por trabalharmos com pessoas, naturalmente surgiram demonstrações sobre suas insatisfações com o nosso sistema de saúde, e foi preciso utilizar isso para apontar possíveis soluções e como protagonizar essa luta sem colocar a responsabilidade da melhoria e consolidação de nossa saúde somente nas mãos de terceiros. Era preciso compreender a importância do SUS e saber como mudá-lo por meio, principalmente, da participação social. O objetivo foi alcançado pelo estabelecimento de um vínculo que possibilitou a construção conjunta de conhecimento, trazendo maior autonomia tanto ao grupo quanto aos participantes, aumentando nossa perspectiva de uma mudança na luta pela saúde que almejamos em nossa formação e futura atuação profissional.


ABSTRACT In 1988, the Federal Constitution of Brazil established the foundations for the Unified Health System (SUS), guaranteeing health as a right. In 2013, the National Policy on Popular Education in Health (PNEPS) broadened the achievements in this area by reaffirming the principles of the System: universality, comprehensiveness, equality and social participation, essential to the debate on Popular Education in Health. According to the National Curricular Guidelines (DCN) for Medical Undergraduate Courses from 2014, the University's role is fundamental in training students to act on the needs of the population, promoting health, transforming the outlook of society, and their relations with the community. The group that conducted this study raised the proposal to reflect on the reality of the SUS from the perspective of Youth and Adult Education students (EJA) from the municipal schools of Uberlândia, Minas Gerais, drawing on their learnings to empower the population through shared knowledge. In the experiences, we identified a lack of knowledge among the public in relation to their rights and the SUS. Thus, we prioritized the debate and dialogue focusing on the PNEPS principle of lovingness in order to work on the principles of the health system and the public's rights in relation to health. It was revealed that our training remains doctor-centered, bearing in mind the initial difficulty in establishing comfortable contact on both sides. By virtue of working with people, demonstrations of dissatisfaction with our health system naturally arose and these were used to identify possible solutions and how to lead the way in this struggle without transferring the responsibility for improving and consolidating health care solely into the hands of third parties. We needed to understand the importance of the SUS and how to change it through, primarily, social participation. The goal was achieved by establishing a bond that enabled the joint construction of knowledge, bringing greater autonomy to both the group and the participants, broadening our perspective of a change in the fight for health that we strive for in our undergraduate training and our future medical practice.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...